O Inmetro acaba de atualizar a tabela do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), que classifica os modelos de automóveis quanto à eficiência energética na sua categoria e traz informações sobre a autonomia em km por litro de combustível na cidade e na estrada e a emissão de gás efeito estufa (CO2). No total são 35 fabricantes, com 990 modelos, distribuídos nas 15 categorias. A grande novidade fica por conta da participação de 22 modelos elétricos e 78 híbridos (veículos comercias e picapes de carga), que já correspondem a cerca de 10% dos modelos disponíveis no mercado brasileiro.

A exemplo do que ocorre para refrigeradores, aparelhos de ar condicionado, fogões e fornos a gás, televisores, lâmpadas e outros produtos, os veículos recebem etiqueta com faixas coloridas de ‘A’ (mais eficiente) até ‘E’ (menos eficiente), tanto na comparação relativa dentro de suas categorias quanto na comparação absoluta geral com todos os demais modelos participantes.

Os veículos são avaliados em categorias: Subcompacto, Compacto, Médio, Grande, Extra Grande, Utilitário Esportivo Compacto, Utilitário Esportivo Grande, Utilitário Esportivo Compacto 4×4, Utilitário Esportivo Grande 4×4, Fora de Estrada, Minivan, Comercial, Picape Compacta, Picape e Esportivo. Foi excluída a categoria de veículos Micro Compactos.

“O Programa é dinâmico e precisa sempre ser atualizado, não somente nas versões e modelos, conforme são feitos os lançamentos pelas montadoras, mas também para acompanhar a evolução do produto, como a chegada dos híbridos e elétricos nesta versão. Queremos ser sempre uma ferramenta útil para ajudar o consumidor em sua decisão de compra e as montadoras no aprimoramento de seus produtos”, comentou Hercules Souza, chefe da área de regulamentação da Diretoria de Avaliação da Conformidade/Inmetro.

Como são as avaliações

Os ensaios com os carros acontecem em dois momentos. No primeiro, realizado em pista, é possível levantar os dados aerodinâmicos dos veículos. No segundo, a medição de consumo é realizada em laboratório, conforme norma ABNT NBR 7024, com ciclos de condução padrão urbano e rodoviário, e combustíveis de referência.

É importante saber que o consumo efetivo do veículo na “vida real” pode diferir um pouco do valor encontrado na tabela, pois depende de fatores como condições das vias, condições de carga, calibração dos pneus e modo de condução do motorista. No entanto, como todos os carros são ensaiados nas mesmas condições, a tabela permite comparação precisa entre diferentes modelos.

O PBE Veicular

Em 2008, o PBEV teve início de forma voluntária, com apenas cinco montadoras e 54 modelos inscritos. Em 2012, a adesão ao PBEV foi definida como um dos requisitos para habilitação ao Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto), o que impulsionou a adesão de novos fabricantes e montadoras. Hoje, todas as montadoras integram o PBEV, por incentivo do Programa Rota 2030.

Sobre o Programa Brasileiro de Etiquetagem

O Programa Brasileiro de Etiquetagem foi iniciado em 1984 para promover a fabricação de produtos mais econômicos e de menor impacto ambiental, dando aos consumidores informações que permitam selecionar produtos de maior eficiência em relação ao consumo, e melhor utilizar eletrodomésticos, possibilitando economia de energia.

Somente os programas de refrigeradores e condicionadores de ar são responsáveis por uma economia de energia de pelo menos R$ 2,4 bilhões que, desde 1984, deixaram de impactar nas contas de energia da população. Comparativamente, estamos falando de aproximadamente 3,2 milhões de toneladas de CO2 ou quase 20,5 milhões de árvores salvas com a economia gerada nesses 30 anos. Os refrigeradores, por exemplo, são hoje 60% mais eficientes do que há 10 anos.

GOV.BR – “Inmetro atualiza Programa de Etiquetagem Veicular” – Veja a notícia na íntegra aqui.