Foi publicada em meados de outubro a nova norma ABNT NBR 16623:2021 – Vestimentas de proteção contra calor e chama provenientes do fogo repentino – Requisitos. A norma estabelece os requisitos para a avaliação de desempenho das vestimentas de proteção quando elas são submetidas a ensaios, sob condições controladas, contra os perigos térmicos do calor e das chamas provenientes do fogo repentino. Este tipo de situação pode ocorrer em ambientes suscetíveis a atmosferas potencialmente explosivas em que são realizadas atividades industriais em plantas químicas, petroquímicas, de prospecção de hidrocarbonetos ou de poeiras inflamáveis.
O conhecimento sobre o conteúdo desta nova norma é importante para toda a cadeia produtiva que trabalha com EPIs que visam proteger o usuário contra o fogo repentino como fabricantes das matérias-primas usadas nas roupas, fabricantes das vestimentas, laboratórios que realizam os ensaios, profissionais das empresas responsáveis pela especificação, uso e manutenção dos EPIs adquiridos entre outros.
REQUISITOS
O coordenador da Comissão de Estudos do CB-32 que elaborou a nova normatização técnica Márcio Bottaro explica que até então o que se utilizou como requisito técnico para vestimentas voltadas para o referido risco são as diretrizes dos conjuntos normativos ASTM/NFPA (com critérios bem definidos, muito utilizado no Brasil) e de normas ISO que têm um escopo mais abrangente. “Uma das grandes motivações para que essa norma nacional fosse publicada está no requisito de termos uma norma brasileira que detalhasse melhor os critérios de avaliação tais como tempo de exposição, número de amostras a serem avaliadas e linhas de corte como uma área máxima de 40% das áreas de previsão de queimaduras de segundo e terceiro graus “, explica, acrescentando como outro destaque, a definição mais clara de vestimenta padrão para ensaio para fins de certificação inicial e peça de vestuário final, sendo que ambas devem atender ao mesmo requisito indicado.
Bottaro afirma que o Brasil possui tecnologia suficiente para produzir EPIs de qualidade voltados para a proteção contra calor e chama provenientes de fogo repentino. “O que nos falta hoje é um processo de certificação destes EPIs para dar suporte ao usuário na manutenção da qualidade do equipamento produzido, seja aqui ou mesmo o importado”, adverte.
Proteção – “Publicada norma brasileira para vestimenta contra calor e chama proveniente de fogo repentino” – Veja a notícia na íntegra aqui.