Desde 2011, no Brasil celebramos o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas em 16 de março.
Já foi possível constatar cientificamente o aumento da temperatura média da Terra nos últimos anos, o que levou à elevação do nível do mar, derretimento de geleiras, intensificação de tempestades, dos períodos chuvosos e de secas, entre outros fenômenos, além do perigo de futuramente comprometer a própria existência humana e de outros seres vivos.
Considera-se que a principal causa do aquecimento global e das mudanças no clima seja o aumento da emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), tanto por queima de combustíveis fósseis para geração de energia como por desmatamento.
Segundo o 5° relatório de avaliação produzido em 2014 pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), ligado à ONU, a concentração de CO2 está 40% maior do que na época pré-industrial. Já de acordo com a NOAA (National Oceanic & Atmospheric Administration), em 2018, a concentração de CO2 na atmosfera atingiu 411,25 ppm, um dos maiores valores dos últimos 5 milhões de anos. O nível mínimo seguro para evitar um colapso climático de grandes proporções é de 350 ppm.
No Brasil, a maior parte das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera é causada pelo desmatamento. Em 2019, o país bateu recordes de queimadas e desmatamento, considerando os últimos anos, aumentando em 30% em relação ao ano anterior, segundo o INPE. Quando se desmata uma floresta, seja por queimadas ou mesmo por corte, há liberação de uma grande quantidade de carbono na forma de CO2 para a atmosfera. Além disso, a perda de vegetação faz com que se percam também os chamados “serviços ecossistêmicos” prestados pela natureza, como regulação das chuvas, manutenção da boa qualidade do ar e produção de água em quantidade e qualidade.
Com dados tão alarmantes, é muito importante a reflexão a respeito das responsabilidades a serem assumidas – por governos, empresas, e por nós, como cidadãos. No Estado de São Paulo, em 2009 foi criada a Política Estadual de Mudanças Climáticas. A lei trata, entre outros, do compromisso de reduzir, até 2020, em 20%, com base nos níveis apurados em 2005, a concentração dos gases do efeito estufa na atmosfera. Desde então, diversas estratégias e medidas têm sido implementadas pela articulação de diferentes políticas setoriais: saneamento, energia, transportes, recursos hídricos e agropecuária.
Como colaborar?
Os efeitos das mudanças climáticas e o aquecimento global já estão sendo sentidos, embora aparentemente estejam longe do nosso cotidiano. É muito importante saber que, se nada for feito agora, será muito mais difícil uma mudança do cenário no futuro.
Afinal, o que podemos fazer para colaborar para reverter as mudanças climáticas?
- Utilizar os recursos naturais com responsabilidade;
- Apoiar iniciativas de carbono neutro;
- Dar prioridade a atividades que reduzam a emissão de gases de efeito estufa;
- Reduzir o consumo de combustíveis fósseis, entre outros.
Portal de Educação Ambiental – 16 de Março – Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas – Veja a notícia completa aqui.