A Prefeitura de Belo Horizonte apresentou uma importante entrega no que se refere aos estudos de qualidade dos recursos hídricos na capital. Trata-se do Índice de Qualidade das Nascentes (IQNas), uma metodologia que atua como ferramenta fundamental no planejamento estratégico territorial e em medidas de recuperação e preservação do meio-ambiente. O estudo está disponível para acesso público, por meio da página http://bhmap.pbh.gov.br/.
Desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, esse modelo tem como objetivo aferir a qualidade hídrica de todas as nascentes cadastradas no município. Formulado de maneira semelhante ao modelo existente para determinação do Índice de Qualidade das Águas (IQA) – adotado no Brasil pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico – o formato possibilita a comparação entre os parâmetros observados nas áreas de preservação permanente das nascentes em Belo Horizonte e os parâmetros usuais de qualidade da água.
O cálculo do Índice de Qualidade das Nascentes conta quatro parâmetros principais, com as seguintes possibilidades de caracterização:
1 – Aplicação do Código Florestal (sim ou não);
2 – Aspecto da Nascente (limpa ou poluída);
3 – Local (parques, áreas verdes públicas, unidade de conservação ambiental);
4 – Condição da Nascente (natural, natural antropizada; represada, corte, aterrada, confinada, drenada confinada; drenada, outra).
Em Belo Horizonte, foram cadastradas 1.173 nascentes, das quais 104 localizam-se na Regional Centro Sul, 37 na Regional Leste, 127 na Regional Oeste, 86 na Regional Barreiro, 115 na Regional Nordeste, 113 na Regional Noroeste, 139 na Regional Norte, 276 na Regional Pampulha e 176 na Regional Venda Nova. Destas nascentes, 11% classificam-se como em ótimo estado de conservação e 34% em bom estado de classificação.
De acordo com a Engenheira Civil da SMMA e responsável pela implementação do método, Lea Lignani, “o desenvolvimento desse cálculo é primordial para que sejam mantidos o equilíbrio ambiental e a qualidade da vida num ecossistema. A implementação de metodologias de análise da qualidade dos recursos hídricos superficiais e áreas de preservação permanente ajuda, além do planejamento estratégico territorial, no desenvolvimento de ações de recuperação e manutenção ambiental, visando a gestão integrada dos recursos hídricos em consonância com o desenvolvimento sustentável”, afirma. Este trabalho é de suma importância, inclusive, na aplicação de instrumentos e políticas públicas de preservação. Quem conta é o diretor de gestão ambiental da SMMA, Dany Amaral: “a Secretaria Municipal de Meio Ambiente dispõe de recursos que podem ajudar nas medidas de recuperação e preservação desses sistemas. Partindo desse princípio, a medição do IQNas é uma avaliação da qualidade muito importante no planejamento e gestão “, conclui.
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