Para garantir atendimento médico à distância com o mesmo padrão de qualidade do presencial, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou nesta quinta-feira portaria que regulamenta as ações e os serviços de telessaúde no Sistema Único de Saúde, tanto na Rede Pública quanto na privada.

A medida permite, por exemplo, o atendimento pré-clínico, suporte assistencial, consulta, monitoramento, diagnóstico e acompanhamento médico durante e após cirurgias.

Em paralelo, o governo federal também anunciou o projeto UBS Digital que, inicialmente, vai informatizar as Unidades Básicas de Saúde em mais de 300 municípios, como explicou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara.

De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a utilização de tecnologias de informação e comunicação nos serviços médicos prestados em áreas remotos do país é uma ação interministerial que pode ser expandida para todo o país.

O programa Telessaúde Brasil foi testado durante a pandemia em um projeto-piloto desenvolvido pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, em parceria com a Embaixada do Reino Unido no Brasil. O serviço foi implementado na comunidade de Paissandu, que fica a seis horas de balsa de Santarém, no Pará.

A diretora administrativa de Saúde digital do Hospital das Clínicas, Paula Góbi, destacou os resultados do programa, como a resolutividade de mais de 90%, por isso as UBSs que não tem estes tratamentos podem ser contempladas com o programa.

E diante do aumento no número de casos de covid-19, durante evento ministerial de telessaúde, Queiroga falou também sobre a ampliação da segunda dose de reforço para pessoas acima de 50 anos.

O ministro da Saúde adiantou que o governo brasileiro, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde, negocia a compra de imunizantes contra varíola dos macacos. Por ainda não haver uma determinação concreta das autoridades sanitárias mundiais, a ideia, segundo Queiroga, é aquisição dos imunizantes para pessoas mais expostas ao possível contágio da zoonose viral e também para reforço em áreas de fronteiras. Até o momento, o país acompanha três casos suspeitos da doença.

 

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