Portaria publicada no “Diário Oficial da União” desta quinta-feira (1º) incluiu a varíola dos macacos na lista de doenças de notificação compulsória nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional.
Isso significa que os registros de varíola dos macacos nas redes pública e privada de todo o território nacional devem ser comunicados ao governo.
A varíola dos macacos é uma doença atualmente tratada como uma emergência de saúde global pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Trata-se de uma zoonose viral: uma doença que foi transmitida aos humanos a partir de um vírus que circula entre animais. Antes do atual surto, a varíola dos macacos ocorria principalmente na África Central e Ocidental, sobretudo em regiões perto de florestas, pois os hospedeiros são roedores e macacos.
A doença no Brasil
Em 15 de agosto, o Ministério da Saúde informou que a maioria dos casos de varíola dos macacos identificados no Brasil ocorreram entre homens. Entre os 2.219 pacientes já confirmados com a doença, 95% são pessoas do sexo masculino, sendo que 93,87% são homens entre 18 e 49 anos. A média de idade é de 36 anos.
O panorama é o primeiro feito pelo governo federal sobre o perfil dos casos no Brasil. A apresentação ocorreu em Brasília com a presença do ministro Marcelo Queiroga, após o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir prazo de cinco dias para União e governos estaduais informarem as estratégias adotadas até o momento para enfrentar a varíola dos macacos.
Os dados mostram que a disseminação da doença no país segue padrão equivalente ao apontado pela OMS: os principais afetados pela doença é a comunidade dos homens que fazem sexo com outros homens.
O levantamento do Ministério da Saúde indica que 87% dos pacientes infectados pelo vírus monkeypox relata que o possível local de contaminação foi durante “contato íntimo com desconhecido”.
Os pacientes também foram perguntados sobre gênero (64% se declararam homens, 3,8% mulheres, e 28,6% não informaram), orientação sexual (18,5% se declararam homossexual e 75,6% não foi informado) e comportamento sexual (50% dizem ter relações sexuais com homens e 42,6% não informaram).
No Brasil, ainda de acordo com o levantamento do ministério, o sintoma mais comum é a febre, seguido de adenomegalia (gânglios inchados) e dores (muscular e cefaleia).
G1 -Portaria inclui varíola dos macacos na lista de doenças de notificação compulsória – Veja a notícia aqui