Os bombeiros do Paraná que estão ajudando no combate às queimadas no Pantanal seguem sem saber quando voltam para casa. Além da rotina cansativa, eles ainda têm o desgaste de presenciar o sofrimento dos animais.

Força-tarefa

Para combater o fogo no Pantanal, foi preciso reforço de várias partes do país. É uma força-tarefa que, do Paraná, reúne 39 bombeiros.

Eles estão trabalhando em duas frentes no Mato Grosso do Sul. Uma delas é comandada por uma bombeira de Maringá, cidade que fica no norte paranaense – a tenente Luisiana Cavalca. Ela está em Corumbá, na Serra do Amolar.

“Agora, a cada dia está chegando mais reforço. Somos em 15 bombeiros do Paraná, mais quatro bombeiros do Mato Grosso do Sul e chegaram nove fuzileiros navais para auxiliar na operação. Todos estão sob o meu comando”, explicou a tenente.

Acesso difícil

Para apagar o fogo, há dezenas de caminhões e aviões. Mas, em muitos pontos, o acesso é difícil, e os bombeiros enfrentam uma rotina exaustiva.

“A caminhada do ponto de entrada até o local onde é a nossa base é de seis quilômetros. Só depois a gente começa as nossas atividades”, disse a tenente.
Além da destruição da mata nativa, o sofrimento dos animais é desolador: “É bem difícil ver essa condição”.

Falta de chuva

Em vários locais, o incêndio ainda não foi controlado.

“O principal, para controlar essa área de fogo, é chuva. O que acontece é que não está chovendo, essa é a dificuldade maior aqui. Então, quando chover, com certeza todos os incêndios serão controlados”, afirmou.
Até lá, a tenente que, deixou em Maringá marido e filhos para participar da força-tarefa, vai continuar trabalhando para conter a destruição que, em muitos casos, poderia ter sido evitada.

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