Com a pandemia da Covid-19, uma nova realidade se impôs a parte dos brasileiros: o home office e o distanciamento social. As pessoas precisam estabelecer novas rotinas e utilizar a tecnologia a seu favor para manter o contato social e, assim, preservar sua saúde mental.

Quando se passa a trabalhar em casa, é necessário o estabelecimento de uma nova rotina com definição clara de horários de trabalho e de horários para outros afazeres, como descanso, atividades domésticas e de lazer.

“O home office permite uma flexibilidade de horário que se não for bem gerenciada pode ocasionar sobrecarga de trabalho. Um local mais reservado na casa e o estabelecimento de rotinas de trabalho tornam-se essenciais para estabelecer uma fronteira entre o trabalho e a vida pessoal. Assim como o estabelecimento de um tempo para o descanso e o desenvolvimento de atividades de lazer”, explica a tecnologista da Fundacentro.

O compartilhamento de tarefas, principalmente as domésticas, com outros familiares é fundamental. “A condição das mulheres em nossa sociedade torna ainda mais complexa a questão do home office, uma vez que ainda coordenam ou realizam as tarefas domésticas como cozinhar, arrumar a casa, cuidar dos filhos”, destaca Nogueira.

As consequências podem ser sobrecarga e maior vulnerabilidade psíquica. “Percepção de não ter tempo para nada e nem para si; sensação de impotência quanto ao não cumprimento das tarefas, sejam elas autoimpostas ou impostas por chefes, colegas e familiares; falta de reconhecimento, seja no trabalho ou trabalho doméstico, podem favorecer sentimentos de ansiedade, angústia, impotência, incapacidade, inutilidade, entre outros”, afirma a psicóloga.

Mas como buscar contatos em um momento de distanciamento social? A dica é utilizar a tecnologia a próprio favor. “Manter-se conectado pelas redes sociais com colegas de trabalho, amigos, familiares pode ser uma opção para aqueles que tem acesso a tecnologia”, afirma Laura.

Também é preciso respeitar as características individuais das pessoas da casa. Ao se estabelecer regras de convivência, as relações interpessoais ficam mais fáceis. “Para os que estão em confinamento com outras pessoas e familiares, conversar, realizar atividades coletivas como jogos, assistir filmes juntos ou qualquer atividade de lazer agradável a todos pode ser uma opção”, indica.

Segundo a psicóloga, o excesso de informações também pode ser prejudicial ao colocar as pessoas em estado de alerta constante, o que pode gerar ansiedade e angústia. Notícias falsas e sensacionalistas podem suscitar pensamentos de impotência, medo e até mesmo pânico.

Por isso, é preciso buscar informações em fontes fidedignas para compreender o que está ocorrendo, como Organização Mundial da Saúde – OMS, Organização Pan-Americana da Saúde – Opas, instituições de pesquisa e autoridades sanitárias locais.

Outra dica importante é ter em mãos contatos de telefone e endereços de serviços e unidades de saúde em caso de manifestação de sintomas de Covid-19, para favorecer um atendimento mais breve.

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