Objetivo do Projeto Reflora

O governo gaúcho lançou nesta sexta-feira o projeto Reflora, com o objetivo de recuperar áreas nativas atingidas pelas enchentes em 2024. A iniciativa envolve as secretarias da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a CMPC e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).


Ações e Cronograma

As ações serão realizadas durante os próximos três anos, com início programado para junho de 2025. A projeção é que, ao longo do período, sejam plantadas seis mil mudas de 30 espécies nativas nas áreas afetadas. Essas espécies, ameaçadas de morte devido às inundações ou em risco de extinção, serão selecionadas com base no interesse de conservação, resgate e grau de ameaça nas diferentes bacias hidrográficas do Estado.

As primeiras cidades em que o processo será realizado são: Guaíba, Barra do Ribeiro, Tapes, Rio Pardo, Butiá, Eldorado do Sul e Santa Maria.


Metodologia do Projeto

O processo que será aplicado no RS é exatamente o mesmo que foi desenvolvido para o reflorestamento de Brumadinho (MG) após o rompimento de uma barragem, ocorrido em 2019. A ação inicia com a identificação de árvores com danos na base do tronco e a coleta de DNA em campo com o resgate de propágulos, ou seja, partes de organismos que possam originar o processo de reflorestamento.

Na etapa seguinte, o material é armazenado, plantado em um pomar indoor e submetido ao processo de enxertia, que nada mais é do que a conexão de duas plantas diferentes para que cresçam de forma única. Na sequência, é realizado o plantio em campo e o posterior florescimento, que, graças à adoção da técnica, ocorre entre 6 meses e 1 ano. Como resultado, são geradas sementes com alta variabilidade genética e prontas para o plantio nos locais onde ficavam as antigas árvores.


Expertise em Recuperação de Biomas

A CMPC já é referência em regeneração de áreas degradadas, sendo uma das primeiras empresas a realizar, em larga escala, a clonagem de espécies nativas no Rio Grande do Sul. A empresa administra mais de 200 mil hectares de vegetação nativa no Estado, onde quase metade precisa de intervenção para a melhoria de suas condições ambientais.

Para restaurar áreas degradadas e regenerar biomas, a companhia realiza a colheita de mudas nativas nascidas nos sub-bosques das suas áreas de plantios produtivos de eucalipto. Após um período de manejo, as mudas e espécies adaptadas às condições locais são reinseridas nas localidades a serem restauradas. Todo este processo se baseia no potencial de autorregeneração da natureza.

Quando retiradas do meio ambiente, as mudas são catalogadas e tratadas até estarem prontas para o plantio. Essa atividade ocorre no município de Barra do Ribeiro, onde está localizado o viveiro da CMPC. Esse processo garante a qualidade das florestas nativas e produtivas da empresa. Atualmente, cerca de 80% do total de mudas plantadas pela CMPC em regiões a serem restauradas são fruto desta ação.

Fonte: Correio do Povo. Governo do RS lança projeto de recuperação de flora nativa atingida pelas enchentes. Acesso em 11 de abril de 2025.

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