A pandemia acelerou a adoção do home office, e agora o trabalho remoto e híbrido são preferidos por uma parte significativa da força de trabalho brasileira. Uma pesquisa do Datafolha revela que 52% dos brasileiros optam por esses modelos de trabalho. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o número de trabalhadores em home office pode quase dobrar dos atuais 20 milhões. A pesquisa da Bare International mostra que 70% dos trabalhadores em home office não querem retornar ao modelo presencial, e a preferência por home office é maior entre as mulheres, com 73% delas optando por esse modelo.
O Brasil se destaca na América Latina pela adoção do modelo híbrido, com 86% das empresas adotando essa prática, conforme levantamento da JJL Consultoria. No entanto, o home office apresenta riscos ergonômicos e psicossociais que precisam ser gerenciados.
RISCOS ERGONÔMICOS O HOME OFFICE
Os riscos ergonômicos incluem posturas inadequadas e configuração imprópria do ambiente de trabalho, como altura incorreta de mesas e cadeiras, e posicionamento inadequado do monitor. Esses fatores podem causar doenças musculoesqueléticas, fadiga, problemas circulatórios e lesões por esforços repetitivos (LER). Para mitigar esses riscos, é fundamental adotar uma cadeira ergonômica, ajustar a altura da mesa, posicionar corretamente o monitor e garantir uma boa iluminação. A gestão ergonômica adequada melhora não apenas a saúde, mas também a produtividade e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
RISCOS PSICOSSOCIAIS DO HOME OFFICE
Os riscos psicossociais incluem o isolamento social, dificuldade em separar trabalho e vida pessoal, e estresse devido à percepção de estar sempre disponível. Para reduzir esses riscos, é importante manter comunicação regular com colegas e supervisores, estabelecer limites claros entre trabalho e descanso, e oferecer suporte psicológico. Incentivar a prática de autocuidado, como exercícios físicos e hobbies, também é essencial para o bem-estar mental.
COMO EMPRESAS ESPECIALIZADAS EM SST PODEM AJUDAR
Empresas especializadas em Saúde e Segurança no Trabalho (SST) podem ajudar de diversas maneiras. Na ergonomia, elas podem realizar avaliações remotas, fornecer recomendações de ajustes e oferecer treinamentos sobre boas práticas. Para a saúde mental, podem promover programas de bem-estar, oferecer terapia online, realizar check-ins periódicos e disponibilizar recursos de apoio psicológico. A gestão eficaz desses aspectos não apenas previne problemas de saúde, mas também aumenta a produtividade e a satisfação dos trabalhadores, contribuindo para a retenção de talentos e conformidade com as normas de segurança no trabalho.
Autor: virgínia Lopes – Omnia
Publicada em: 14 de agosto de 2024